sexta-feira, 27 de março de 2015

MEDITAÇÕES XI




São coisas mortas
as palavras do Homem.

Rosas, talvez,
das mais belas que houve,
aguardando somente o dia
em que pousarão na lápide do tempo
como poeira que são.

Encarnam a verdade!, dizem.
Falam da verdade!, aclamam.

O que encarnam porém
se não a ideia de quem as esculpiu?
O que dizem
se não a história de quem as pensou?

A Verdade é como um novelo:
desenrola-se diante dos olhares.

Os mais avisados, cegos ignoram-na.
Mas aos frugais entreabre-se a porta.

A Verdade é um mistério.
Como compreendê-lo senão vivendo-o?




PBC.





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