quarta-feira, 28 de março de 2012

Do cimo de uma colina


Estando aqui, no cimo de uma verdejante colina, não posso deixar de reter a imagem única e peculiar que traduz o mundo em redor, diminuto sob esta perspectiva, nem tampouco de com todos vós a partilhar – ou não fosse essa uma das grandes virtudes da Vida que experimentamos. De facto, quando nos encontramos imergidos num vasto mar de problemas e de densas questões, não existe uma melhor via de com tal coisa lidar do que essa, isto é, proceder ao afastamento temporário desses nossos pesos. Tal como se nos achássemos no topo de uma qualquer colina, constataremos aí que nossos problemas, afinal, eram simplesmente insignificantes. A distância detêm esta valência: a revelação do real tamanho do negrume que sobre nós julgamos ter pousado (algo que só fará que tais eventos percam a sua vital importância). Até daqui, deste lugar onde me encontro, o imenso mar azul não passa de uma bela mancha distendida pela paisagem. Mas, para além disso, não poderemos igualmente olvidar a hipótese luminosa que reside neste exercício: a aparição da resposta ou da solução que tanto ansiávamos. Pois, em prática, ao sairmos do cerne de nosso avassalador turbilhão, permitimos que nossa consciência, mais solta e leve, possa considerar sobre o assunto em causa e sobre a melhor via a tomar, aquela que nos levará até à sua final (e quem sabe definitiva) resolução.

É agora, para mim, hora de partir; mas não o desejaria fazê-lo sem antes vos dizer que, com a minha ida, tal lugar se encontrará disponível para vós, para todos aqueles que, a seu tempo, quando os corações implorarem por tal escape, conquistarão a sua íntima colina e, dela, assistirão ao desenrolar quotidiano dos dois mundos onde existem. E talvez como eu se sintam curiosos por assistir ao desenvolver do habitual cenário que nos acolhe e ao comportamento, ora espontâneo ora mecânico, daqueles que o compõem. Observarão, certamente, carros que vão e vêm, desenfreados como ventos loucos que desbravam as livres estradas, aviões que esvoaçam e rompem nuvens, plenos de passageiros, pedestres que seguem seus caminhos, concentrados e fechados em pensamentos que só eles sabem e, então, talvez sintam uma estranha sensação de realidade contínua, uma eternidade presente nos momentos sucedâneos, aos quais, contudo, quem por eles passa a eles obedece. Depois, terminados esses passeios, essas buscas que aparentam ser infindas, esse pulular de íntimos desejos ou o cumprimento de uma imposta tarefa (pelos próprios ou por outrem), talvez consideram igualmente curioso verificar como todos se apressam em regressar àquilo que os espera, sejam familiares semblantes, a inércia de pálidos objectos ou o simples e (para eles) redentor vazio. E, aí, sedentos por algo mais a identificar, talvez compreendam que todos se encarceram voluntariamente. «Os lares são e sempre deverão ser abrigos, jamais prisões…», dirão vocês, no auge da maturação de uma súbita ideia. «Porque desejamos provar a liberdade em nossa existência, se à primeira lambida nada degustamos e logo retornamos aos cárceres rotineiros? Que medo cresce oculto na noite dos que não questionam?». Verão, talvez um dia, que toda a vida pré-definida aparenta estar verdadeiramente direccionada nesse sentido. Pois, à noite, se ainda permanecerem no cimo de vossa ínclita colina, assistirão à vasta gravura que se pinta com as luzes que piscam nos prédios, essas meras torres de betão frio e indiferente que infestam o horizonte, e observarão – no silêncio que então se instalar pelos arruamentos – as exíguas luzes que aí se acenderão e outras que permanecerão apagadas, esgotadas ou idas, como as existências que habitam essas quadradas habitações… Se apenas soubéssemos da existência de algo maior, de apenas conseguíssemos e, antes disso ainda, tentássemos sentir e, com o resultado desse sentimento, nos abríssemos a uma crença reveladora… Ah, caros viajantes, o que não poderia então ser feito! Mas muitos ainda não compreendem o dialecto que o Caminho sussurra na quietude dos sonhos e das ilusões…

E, ao abandonarem por fim esse local, deixando-o livre para aquele se seguirá (embora sem nunca olvidarem o motivo que até ele vos guiou), talvez o façam com o mesmo pensamento que paira pelas galerias de minha mente, talvez pressintam que cada um de nós, por si, seja um dia finalmente bem sucedido nessa emudecida demanda pela luz, a verdadeira Luz reveladora dos corações que latejam, e, então, rendidos ao esplendor anunciado, se lembrem de quem verdadeiramente são e de tudo aquilo que ainda poderão executar em prol de si mesmos, de seu semelhante e da comunidade que a ambos acolhe. Talvez, queridos irmãos, nos fermente então a vontade de erguer nossos semblantes, de atentarmos nas estrelas e entendermos que, embora quedadas e mudas estejam, elas sabem de sua verdade e felizes são em sua verdade, e que, graças a essa sua certeza tão certa e reconfortante, cintilam como mais ninguém.


Pedro Belo Clara.



quarta-feira, 21 de março de 2012

Ciclos da Existência (e outras particularidades)


Ao longo de diversas etapas percorridas, somos alvos de vários ciclos que se sucedem, momentos onde, se parca for ainda nossa ciência, dispomos sempre da oportunidade de apreender algo ao escutar sábias palavras proferidas por bocas alheias, um algo que nos poderá auxiliar a crescer em virtude e carácter – a mais comum metamorfose de um caminhante. Contudo, é importante entender que tais auxílios não vão além daquilo que eles próprios representam. Todos nos encontramos aqui, neste lugar, a existir por entre as peripécias de uma realidade que nos absorve, cumprindo um papel que há muito escolhemos representar por ser o ideal para o nosso próprio desenvolvimento, o mais acertado para que a lapidação de nós mesmos seja absoluta. Por isso, ao vivermos vidas únicas, compostas por singulares ciclos que a existência atravessará, possuímos igualmente diferentes abordagens e entendimentos sobre o Caminho em si, fruto de nossas peculiares experiências e de seu factor residual – o saber. Tais aspectos moldam-nos, é certo, mas importa entender que a final decisão reside sempre em nós. Se em tal situação nos encontrarmos, convém então colocar pertinentes questões: gostamos daquilo em que nos tornámos? Como poderemos alterar comportamentos que, no fundo, não traduzem as palavras de nossos corações? Mas talvez esse seja um assunto para abordarmos em uma outra oportunidade.

Mesmo que valioso seja entender o saber espremido de dizeres vários, com sua válida partilha de sentimentos, relato de acontecimentos ou experiências idênticas, jamais se deverá descurar o rumo que por nós deve ser delineado e percorrido. Essas ajudas externas são mãos que nos assistem o caminhar, mas só devemos realizar tal acto por nosso próprio pé (sob pena de a suposta “ajuda” ser, no fundo, um factor meramente prejudicial). Afinal, todo o aluno sabe que assistirá ao dia em que irá abandonar seu mestre para seguir seu rumo, aquele que apenas por suas íntimas intenções será revelado. Aprender é crescer, e crescer é aceitar a nossa luz e a nossa sombra, escutá-las e definir futuras passadas (mesmo conhecendo a fonte de surpresas que o Caminho é), sempre com a primordial missão em mente, aquela que todo o caminhante possui, mesmo que não esteja ciente de tal “posse”.

Uma existência é, assim, composta por ciclos vários, ciclos que são estações que atravessam nossos corações e neles plantam a sua mais recôndita essência. Agora, mais do que nunca, evoco a ideia referida algumas linhas acima: deveremos definhar apenas porque as folhas definham nas árvores que se entregam à brisa outonal? Deveremos sucumbir apenas por que tudo sucumbe à gélida neve que cobre o Inverno? Em nós – e em nós somente – habita a escolha a ser assumida, pois tudo se resume à adopção de uma determinada postura perante o evento que temos em mãos. Assim, em cada um dos ciclos de nossas existências reside a oportunidade de granjear um saber mais amplo, uma visão mais profunda sobre a Alma que somos e sobre as que habitam nos demais corpos e de colocar à prova outros saberes e conceitos detidos. Formar-se-á e consolidar-se-á, dessa forma, um carácter, as firmes linhas que percorrem as fronteiras da tal personagem que assumimos e representamos. Vamos, a cada passo, nos libertando de antigas dores (tão antigas quanto o sol e lua!) para sermos tão leves quanto o vento que livre sopra, mas igualmente aptos a novos encontros, novas partilhas, novos motivos de celebração (sem olvidar os que ainda nos assistem!) e, claro, aprendizagens. No fundo, muitos rostos nos irão cativar com suas ternas expressões e sábios dizeres; a cada etapa, deteremos um mestre diferente, até que findo se encontre o ciclo (o mesmo é dizer: até que nos tornemos mestres de nós próprios). E a humildade, que jamais é um sinónimo de subserviência (antes um requisito para percorrer o Caminho Iluminado), revela-se precisamente nesse entendimento e aceitação. Pois um mestre até poderá ser íntegro e digno, seja qual for a sua postura no mundo social, mas certas palavras ele ainda não conseguirá transmitir, apenas a mensagem que se resumiu de sua história. Parece haver algo de indizível aqui, nestas belos planos materiais, algo que nós tentamos encontrar e dizer por nossa boca – algo que, no fundo, também podemos partilhar com o mundo.

Hoje já não somos o que éramos, mas ainda nos encontramos em dista posição em relação àquela que um dia ocuparemos; daí a utilidade de crescermos por nós e de por nossas palavras e actos nos definirmos (o que nunca invalida o efeito das ditas “ajudas externas”). E, assim como nós um dia o fizemos, outros o farão – por si próprios. Então, entenderão e redefinirão esse saber que lhes foi legado, moldado à verdade que eles são. Mas será isso uma deturpação? Apenas se pensarmos em nós como detentores da Verdade Absoluta… Como poderá haver erro? Pois se cada parte encerra a sua verdade e essa mesma partícula é essencial ao revelar da obra maior! Poderá haver desacordo, sim, mas nunca erro (apela-se à nossa capacidade de respeito e de tolerância). Por isso, sei que se atentas estiverem nossas percepções, vislumbraremos então parte do rosto do Todo, aquele que divinamente se constitui pelas pequenas partes que nós somos e ao qual, por fim, retornaremos; ou não fosse esse o motivo para tanto o desejarmos descobrir, abraçar e compreender…


Pedro Belo Clara.



quarta-feira, 14 de março de 2012

Pelas linhas da Existência


Experimentamos díspares sensações através da absorção dos momentos vividos, diversos em teor e composição. Se por tal nos decidirmos, deles retiramos uma certa aprendizagem (caso aguçada esteja a nossa percepção) ou, em última hipótese, retemos o principal componente de sua estrutura, assim como deles desfrutamos ou simplesmente os ignoramos. Tais ocorrências, obviamente, existem por si só; o grau diferenciador reside apenas na forma como o seu receptor (todos nós, em suma) as recebe – mínimo ou elevado a uma potência consideravelmente alta. Mas será que tal comportamento modifica a nossa forma de ver e entender o mundo que nos rodeia? Muitos de nós deparam-se com um “excesso de sentir”, uma avassaladora corrente emocional que os atravessa, transbordando de suas margens e inundando os terrenos do contentamento ou da frustrante desilusão. Dir-se-ia, talvez, que indivíduos desta índole vivem amargurados, reféns de uma natureza sofrível, aptos a tudo sentir em moldes muito mais intensos do que aqueles a que seus semelhantes recorrem. Seja como for, todas as formas de entender o Caminho são válidas e a cada um de nós cabe a responsabilidade de aprender a lidar com o peso de nossos fardos (ou não fosse essa uma capacidade inata). Será que tal excesso de sentir, essa enorme capacidade de compreender e receber o mundo e seus adornos em frágeis braços humanos, não constitui um mero reflexo de uma íntima ânsia em saborear e assimilar os elementos que nos rodeiam? De facto, quem poderá recriminar um artista por tanto desejar comungar, entender e reproduzir o vórtice emocional que o assola quanto capta as reproduções de sua percepção? Há um indício de busca profunda decifrável em tal comportamento, ainda que vago seja. Por isso mesmo, convém relembrar que cada Alma possui contornos muito singulares que apenas deverão ser aceites e compreendidos (inclusivamente pela própria), na mesma medida em que cada caminhante parece indagar, demandar pelo oculto e questionar todas as premissas de seu rumo. No fundo, somente aqueles que buscam e caminham é que alcançam seu destino, aquele que, mesmo desconhecido ou adormecido nas bainhas de um sonho místico, pulsa em raios dourados no tecido de nossos corações. E é por isso mesmo, queridos caminhantes, que eu jamais aponto a verdade dos trilhos a desbravar; antes destapo os horizontes onde vossas mãos traçarão, por si mesmas, as linhas de vossas futuras direcções. Além disso, certo estou de que aquele que souber se guiar por sua bússola interior melhor definirá a sua orientação.

Afinal, não somos todos nós os artistas de nossas existências? Não a desejamos sentir plenamente, recebê-la de forma tão aprazível como ela nos recebeu a nós, entendê-la e desfrutá-la com as emoções da Alma e, de certa forma, fundirmo-nos com a sua essência? Quem não almeja harmonizar-se com o cenário que o rodeia? É claro que todos nós, caminhantes de vários caminhos, possuímos a nossa história e nossas próprias cicatrizes. Mas, por mais que nos doam, temos a capacidade (e a oportunidade) de aprendermos com elas e de renascermos para novos dias! O facto de sentirmos algo mais intensamente (ou não) apenas se traduz no acto de colocar mais ou menos condimentos em um certo alimento, mesmo que tal seja entendido como uma bênção ou uma maldição. Embora existam certas coisas que ocorrem e se desenrolam muito para além de nosso controlo, uma certa percentagem desses acontecimentos é-nos reservada. Quantos de nós, num devaneio revelador, não compreendem, de súbito, que suas mãos sempre seguraram martelos, escopos, penas ou pincéis escorrendo tinta fresca? E, à sua frente, estendiam-se mármores que aguardavam a vez de serem esculpidas, poesias ansiosas de rimas e telas brancas, prontas a perder a sua alvura… Todos possuímos um caminho que podemos esboçar e trilhar. Plantem a vossa semente e aguardem que se torne árvore. Poderá não possuir os ramos que imaginaram nem vos ofertar o número de frutos que desejaram, mas será uma árvore em tua a sua condição e esplendor! E o primeiro princípio foi alcançado…

É claro que em nossas existências desfrutamos de momentos felizes e de outros mais sombrios, mas… porque nos quedamos fatalmente nos mais ocultos de todos? A transmutação é uma arte poderosa e útil (embora não seja fácil de aplicar), algo a que todos poderemos recorrer. Além disso, com cada acontecimento nós poderemos aprender algo que fará o lapidar do precioso diamante que somos. Sempre há algo que habita nas entrelinhas de cada momento, um motivo por detrás de cada acção – mesmo que nossa visão esteja baça ou nossa mente entorpecida. E isso bem poderá ser um nítido foco de nossa fé. Todos possuímos nossas capacidades e adversidades; se com uma construímos a nossa história, com a outra aprendemos a fazê-lo (bem como a tornarmo-nos cientes daquilo que somos). Em todos os casos, ambas representam vantajosos ganhos, não só para a solidificação de quem somos como também para a materialização da imagem daquilo que ainda desejamos ser – sem jamais deixarmos de ser nós próprios. E assim se vão esboçando as linhas da existência que somos.


Pedro Belo Clara. 



quarta-feira, 7 de março de 2012

As luzes que nos bastam


Munimo-nos de diversas substâncias ao longo de nossa existência, substâncias essas que se armazenam e se reflectem em nossas memórias, comportamentos, crenças, discorreres e até em um simples relatar de histórias vividas. De certa forma, se conseguirmos imaginar o Caminho como um traçado rectilíneo, verificaremos que, à medida que o íamos percorrendo, fomos vestindo e despindo inúmeras vestes, velhas personagens que não mais se proviam de sentido ou, simplesmente, elementos de que dispusemos, desfrutámos e celebrámos no auge de nosso amor para, mais tarde, mesmo antes de nossa vontade, deles abdicarmos. Neste aspecto em concreto, emergem de nossas recordações certas amizades perdidas no render das estações e até familiares ou outros caros entes que o Tempo se encarregou de levar até um outro lugar (e por vezes de uma forma tão célere). Certamente não desejaríamos ficar desprovidos de tais rostos e peculiares perfumes, certamente desejaríamos dispor de mais tempo para de tudo, uma vez mais, podermos desfrutar. Mas será que em algum caso o tempo dispensado chega a ser suficiente? Quantos não rogam por sucessivos adiamentos?

É aqui que nos deparamos com uma dura – mas valorosa – lição: aceitar que certas ocorrências não se encontram sob o nosso controlo, de que tudo dispõe, aqui, de um tempo limitado e que, mesmo que certos desígnios possam não ser correspondidos por nossa mente racional, saber – com um saber de Alma – que tudo ocorre e se desenrola mediante princípios superiores, aqueles princípios que apenas operam com o intuito de harmonizar todas as partes integrantes de uma certa situação – o dito “Bem maior”, a Universal Força que actua quando nela depositamos nossas esperanças e opressões. E, se assim é, porque não começamos a colocar de parte todos os nossos lamentos e queixumes e, por um segundo apenas, olhamos em nosso redor e desfrutamos das cintilantes luzes que aí refulgem? Também neste caso, o próximo passo reside em uma de duas distintas opções: ou tomamos consciência dessas brilhantes luzes e por elas nos sentimos gratos (sabendo, principalmente, o quão efémeras são) ou, em alternativa, demoramos o nosso olhar somente pelas luzes que já se apagaram (ou que ainda não foram acesas, fruto de futuros empreendimentos) e com isso constringimos incessantemente o nosso frágil sentir. Porque só pensamos e nos angustiamos com aquilo que nos falta e não sorrimos, soltos e leves, ao saber do que “possuímos” e nos basta? (nota: coloco aspas na contracção do verbo «possuir» pois, no fundo, o sentido de posse não se aplica aqui). Por vezes, temos de ficar pobres apenas para compreendermos o quão ricos éramos… Mas também esses ultimatos possuem a sua valência e propósito, claro, embora seja sempre desejável aprender com os dias de Sol do que esperar pela vinda da Chuva, aquela que, com suas avassaladoras enxurradas, nos revela todo o saber que deveríamos ter retido. Mesmo assim, conhecemos as envolvências e os meio do Caminho, pelo que certas lições somente a purificadora Chuva nos poderá ensinar. Contudo, não obstante tudo isso, sei que, meus bravos e nobres irmãos, todos somos verdadeiramente abençoados e iluminados, apenas temos de nos esforçar para que essa luz possa ser, em nossas existências, encontrada e compreendida. E, por certo, o seu terno conforto constituirá o tudo que nos bastará, por um meio tão natural, nessa e em vindouras épocas.


Pedro Belo Clara.