sexta-feira, 18 de setembro de 2015

MEDITAÇÕES XXIII



Aqueles que são ave
inquietos cruzam
a imensidão do mar celeste.
Que estrela procuram?

Aqueles que são lobo
sem matilha onde voltar,
palmilham solitários
as pedras da velha estrada.
Farejam um trilho para o lar?

Aqueles que são raposa
afinam a sua astúcia
na perseguição de cada presa.
É a caça razão de viver?

Aqueles que são árvore
fincam as raízes bem fundo
na terra que os viu nascer,
sem que aos altos céus
deixem de erguer os ramos.

E servem de poiso às aves,
quando se fatigam de voar;
oferecem fresca sombra
ao lobo em sua jornada;
abrem refúgio à raposa,
se vir em sua curta vida
mais do que as presas que caça.



PBC.





(Fonte: www.myenglishclub.com)