Num jardim de estações,
o querer é frágil flor:
o instante que o vê nascer
amortalha o enfermo corpo.
Nenhum sol, nenhuma chuva
alimentarão frutos artificiais.
Mas o espectro de tal espécie
assolará o coração de quem o sonhou.
Que arte se forma de débeis cores?
Que essência se depura de esbatido aroma?
Fosse a querença natural
como a água dum rio
e fertilizaria as sementeiras do mundo.
Porém, na vez de se esvaziar,
enche-se. E a semente, maldita,
moribunda para a eternidade,
envenena a terra que a não esqueceu.
como a água dum rio
e fertilizaria as sementeiras do mundo.
Porém, na vez de se esvaziar,
enche-se. E a semente, maldita,
moribunda para a eternidade,
envenena a terra que a não esqueceu.
PBC.
(Fonte: luismartinssite.blogspot.com)
Sem comentários:
Enviar um comentário