Procura o silêncio.
Procura o informe
dentro do próprio silêncio.
Só o espírito saberá
aquilo que poderá ser:
talvez uma rosa,
talvez uma madrugada.
Talvez o argênteo mar
onde enfim te revejas
no que sempre foste.
Procura o silêncio:
a fonte de tudo,
a raiz do nada.
Onde principia, onde termina?
Onde poisa quando cessa
o rumor das inaudíveis asas?
Procura um coração
que ao invisível se abriu.
E deixa o silêncio absorver
cada fronteira que te aparta.
PBC.
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