Tornou-se o Homem pedinte
por força dos anseios cultivados.
O anseio é íntimo à humanidade,
mas o seu cultivo deriva
duma ignorância maior.
Sem restrição ou incentivo,
quem aceita compreende
– primeiro passo de libertação.
Mas quem se prostra pedindo
mais pão para os seus desejos,
só adensa a malha da ilusão.
Encarando a existência
e tomando-a do avesso,
na fantasia que alimenta
afasta o brilho primordial.
Pois como pode aquele que pede
conhecer a autêntica gratidão?
Quem pede vive em pobreza,
por mais esmola que peça.
Porém, o olhar atento descortinará:
naquele que mendiga
ocultam-se gestos de imperador.
mais pão para os seus desejos,
só adensa a malha da ilusão.
Encarando a existência
e tomando-a do avesso,
na fantasia que alimenta
afasta o brilho primordial.
Pois como pode aquele que pede
conhecer a autêntica gratidão?
Quem pede vive em pobreza,
por mais esmola que peça.
Porém, o olhar atento descortinará:
naquele que mendiga
ocultam-se gestos de imperador.
PBC.
(Fonte: selfunification.com)
Gosto.
ResponderEliminarApraz-me sabê-lo, meu amigo.
ResponderEliminarÉ um poema, como teve oportunidade de ver, urdido numa linha mais meditativa - como a epígrafe da série tão bem sugere. Trata-se da outra faceta do trabalho poético que habitualmente produzo.
Um abraço. E muito obrigado pela sua visita.