São coisas mortas
as palavras do Homem.
Rosas, talvez,
das mais belas que houve,
aguardando somente o dia
em que pousarão na lápide do tempo
como poeira que são.
Encarnam a verdade!, dizem.
Falam da verdade!, aclamam.
O que encarnam porém
se não a ideia de quem as esculpiu?
O que dizem
se não a história de quem as pensou?
A Verdade é como um novelo:
desenrola-se diante dos olhares.
Os mais avisados, cegos ignoram-na.
Mas aos frugais entreabre-se a porta.
A Verdade é um mistério.
Como compreendê-lo senão vivendo-o?
PBC.