Por hoje e só hoje,
Não irei correr atrás
Do rasto deixado pelo Mundo;
Por hoje e só hoje,
Irei deixar que os fugitivos
(que escapam de medo nenhum)
Me ultrapassem na estrada
Pela rotina alcatroada;
Por hoje e só hoje,
Irei largar a vontade inútil
De igualar o meu semelhante
Tão alienado e perdido;
Por hoje e só hoje,
Deixarei para mais tarde
Todas as obrigações impostas
Pelo cárcere imperial e soberano;
Por hoje e só hoje,
Irei deixar que todo o hoje
Seja irmão deste mesmo hoje,
O hoje em que me mascarei
E despercebido passei
Pelos frios sentinelas
Da mundana Matriz.
(Pedro Belo Clara – 17/07/2010).
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