O espinho existe,
não porque o caminho apenas
de espinhos se compõe
– mas para ilusões de flor
enfim se esfumarem.
No esquecimento em que vive
aquele que caminha,
o reflexo do espelho
confunde-se com a imagem real.
Talvez, de espinho em espinho,
a mão que se fere compreenda
a razão do ferimento.
Cumprido o propósito,
o espinho desaparecerá;
e toda a ilusão será tida
pela verdadeira natureza.
Conhecendo a real face,
como o ser poderá
projectar novos reflexos?
A rosa autêntica despontará.
PBC.
(fonte: gaudiumpress.org)