segunda-feira, 16 de maio de 2016

MEDITAÇÕES XXXV



A fresca flor que hoje viceja,
será amanhã eco de poeira
solta sobre estrada vazia.

A nuvem que pela manhã chora,
será rio na noite buscando
um largo oceano onde morrer.

A ave na primavera cantando
no alto da verdejante árvore,
será no outono a doce trova
doutra terra de poemas e canções.

O fruto que à luz dourada
apura os seus encantos de mel,
será numa sombra efémera
o alimento do corpo faminto.

Como poderá o Homem dançar
por dias de impermanência?

Na abundância, sê generoso;
na escassez, sê grato.








(Fonte: omegamassage.ca)







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