Se a palavra for vera,
tanto quanto a palavra o puder ser,
não terá de se assumir verdadeira
para afirmar a verdade que contém.
Se o espírito estiver uno,
tanto quanto o espírito souber estar,
não terá de aclamar a unidade
para revelar a união que detém.
Se tudo permanecer o que é,
na vez do que aparenta
(oh, frutos de sonho e desejo...),
o silêncio será montra maior,
revelação derradeira,
vocábulo final.
A autêntica mudez
possui a vida dos pássaros
que altos voam.
PBC.
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